sexta-feira, outubro 19, 2012

Que raio...



Hoje com o meu filho a fazer 16 anos caí na realidade. Na realidade que ando em cima dele para estudar, para ser alguém, para ter trabalho.
E qual é a realidade? É que a minha filha mais velha com 23, curso feito, mestrado feito, sem paragens nem chumbos, não arranja trabalho… E ontem dei por mim a chorar por causa disso. Criamos os nossos filhos, ensinamos a voar e depois a pergunta é: como é que podem voar ?
Que se passa connosco? Como podemos continuar a admitir esta trapalhada toda? Como podemos continuar a apoiar governantes cujas soluções são sempre piores e com piores resultados que as anteriores?
Falta-nos coragem? Estamos acomodados? Se os nossos Capitães de Abril se tivessem acomodado, era o bom e o bonito. Para mim cometeram um erro, que foi não ficarem com o poder nas mãos e porem a andar as anteriores gerações. Mas isso são outras conversas.
É tão difícil perceber que o sistema assim não funciona? Que as soluções consideradas certas, quase axiomas?
Há dois grandes exemplos, um talvez melhor que ou outro. A Islândia e a Bélgica. Se num se despachou os “sabe-tudo” noutro governa-se sem governo.
Tenham a coragem de assumir os erros. De abrir a vossa cabeça e aceitar novas soluções.
Há dias dei por mim a pensar. Será que se fossemos a fazer contas com o que gastamos com a entrada na União Europeia (eleições, campanhas, vencimentos de deputados, deslocações, estadas, organizações de cimeiras, institutos,  etc.) com os apoios recebidos, a que conclusão chegávamos? Será que estaríamos pior ou melhor?
 Fui educado com a ideia que se trabalhasse honestamente e afincadamente os resultados apareciam. E agora penso, trabalhei para quê?
Que digo ao meu filho mais novo? Talvez que o melhor é ter uma certa lábia, se filiar num partido político que estás sempre safo e resolves logo o problema dos estudos (consegues por certo umas equivalências) e do transporte (e se fores para o PS não vais andar de Clio!). Ah, e dos copos, já que a cantina da assembleia nacional tem uma grande oferta.
E com pena, muita pena podem ter a certeza, cada vez mais me convenço que isto vai acabar mal… muito mal.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Estou triste...



Estive na manifestação espontânea em Lisboa neste dia 15. Fiquei pasmado pela “mistura” de pessoas, idades, ideias, cores politicas e crenças de cada um. Fiquei triste por um motivo pelo facto de conseguirmos juntar tanta gente para tentar dizer “basta” a um sistema e não sermos capazes de nos juntar para dizer “sim” a um sistema diferente.
Passo a explicar. Depois desta “manif”, já apareceram de todos os quadrantes os “iluminados” que a apoiam. Mas, meus caros, esquecem-se que já o deviam ter dito há uma semana! Estiveram todos à espera do povo? Assim é fácil. É só seguir o vento…
Que se passa connosco? Que se passa com os nossos especialistas? É preciso tirar um curso, um mestrado, uma espacialização, um doutoramento, etc. para perceber que o modelo imposto não funciona?
É tão difícil perceber que com austeridade não chegamos lá? É difícil perceber que o que temos de fazer é alavancar a económica, começando pelo consumo interno?
Que raios andam a fazer os nossos “ditos” economistas?
Se não há consumo, se o dinheiro não “roda” não há melhorias?
Por isso estou triste…


quarta-feira, agosto 15, 2012

Despedida...

Em Dezembro de 2007 escrevi isto http://bernardonuno.blogspot.pt/2007/12/para-um-tia-especial.html#links sobre a minha tia Manela. Hoje, em dia de despedida, subscrevo e confirmo.
É duro, mas sei que agora está em paz e que vai olhar pelos seus. Beijo minha querida tia.
Quanto às aitudes de outros, não ligue, Nós sabemos que mais tarde ou mais cedo, a realidade os irá atingir em plena cara.
Mas como me dizia, não vale a pela lhes querer mal (nem quero), mas agradeço que não incomodem. ok?