sexta-feira, abril 13, 2007

Escolas.

Foi notícia na televisão, a proposta da nossa ministra da educação.
Os alunos “tapados” em faltas deixam de chumbar automaticamente, fazendo obrigatoriamente um exame externo, para determinar se mesmo com as faltas, adquiriram os conhecimentos suficientes para passar de ano.
Não esquecer que quando atingirem 1/3 das faltas, serão alvo de medidas correctivas.
No meio disto tudo haverá maior comunicação aos encarregados de educação das faltas injustificadas. E assim, estes serão mais vezes chamados à escola, de modo a aumentar o envolvimento e responsabilização dos mesmos nas matérias disciplinares.
Vamos por partes.
Se antigamente, a primeira coisa que se fazia era calcular o número máximo de faltas que se poderiam dar em cada disciplina, sabendo que se isso fosse ultrapassado era chumbo certo, esta medida vai fazer o quê?
Medidas correctivas? Quais? Chumbar o ano? Ah, não esta não pode ser. Deve ser “o menino está a faltar muito, vamos a ver se falta menos”. Porque se faltar, chum… não, tem de fazer exame. E isto corrige o quê?
O encarregado de educação mais vezes à escola? Se defendo que a educação vem de casa, a instrução tem que vir da escola.
Aqui há dias ouvi um desabafo de uma mãe que define a origem do descalabro do nosso sistema de ensino. E dizia a mãe assim: já reparou que sempre que há problemas com o aluno, a culpa é sempre deste ou dos pais. Nunca, mas nunca, é do professor!
Afinal, com todos estes sistemas de controlo e acesso à escola, mais aulas de substituição não percebo como raio um aluno falta a uma aula.
Aos meus filhos eu digo: ai de vocês se me chegam a casa com uma queixa por terem sido malcriados ou incorrectos.
Quanto à instrução, eles sabem. Está nas mãos deles. E quanto mais cedo se aperceberem disto, a menos aulas vão faltar.
Porque um aluno que se balda às aulas, vai a correr fazer o exame. E passar. E porque está preocupado com o facto de passar ou não de ano.
Ou será que o Sr. Estatística tem alguma culpazita no cartório?

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