quarta-feira, janeiro 24, 2007

Avós e Avôs

Sabem o que é acordar na casa da avó e ter um pequeno-almoço com ovos estrelados, daqueles que tem a película da gema cozida, a gema toda mole e um bacon tão estaladiço que nem era preciso cortar?
E ter a avó Maria das Dores a olhar para nós com um carinho tão grande que fica guardado no coração para sempre?
Ainda hoje me lembro dos barulhos que se ouviam naquela casa, o cheiro que tinha.
O meu avô António era um pouco distante, mas tinha paciência para mim e para as minhas perguntas. Ficou-me na imagem como um sábio.
Ficar a dormir na casa dos avós deve ser um diz especial sempre. Esses dias ficam connosco, guardados na nossa caixinha de recordações!
Prezo muito a relação dos meus filhos com os avós. São para mim uma parte importante da nossa vida. Têm uma sabedoria e uma paciência que a nossa vida moderna por vezes não permite.
Muita gente diz que herdei do meu avô Humberto a capacidade de dizer asneiras sem ofender, mas como ele nunca vi. Por outro lado, a avó Manuela tinha a sua postura e um grande carinho para os netos. Quando o avô se metia connosco, podíamos sempre contar com as “saias” da avó!
Engraçado quão diferentes são os avós paternos e maternos. Nem melhores, nem piores. Diferentes.
A todos eles agradeço a infância que tive. Como todas devem ser. Alegres e sem preocupações!

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